Existe
uma maldição antiga que permanece conosco até hoje — a disposição da
sociedade humana de ser completamente absorvida por um mundo sem Deus.
Embora Jesus Cristo tenha vindo a este mundo, este é o pecado supremo
dos incrédulos, o qual levou o homem a não sentir — nem sentirá — a
presença dEle que permeia todas as coisas. O homem não pode ver a
verdadeira Luz, tampouco pode ouvir a voz do Deus de amor e verdade.
Temos nos tornado uma sociedade “profana” — completamente envolvida em
nada mais do que os aspectos físico e material desta vida terrena.
Homens e mulheres se gloriam do fato de que são capazes de viver em
casas luxuosas, vestir roupas de estilistas famosos e dirigir os
melhores carros que o dinheiro pode comprar — coisas que as gerações
anteriores nunca puderam ter.
Esta é a maldição que jaz sobre o homem moderno — ele é insensível, cego
e surdo em sua prontidão de esquecer que existe um Deus. Aceitou a
grande mentira e crença estranha de que o materialismo constitui a boa
vida. Mas, querido amigo, você sabe que o seu grande pecado é este: a
presença eterna de Deus, que alcança todas as coisas, está aqui, e você
não pode senti-Lo de maneira alguma, nem O reconhece no menor grau? Você
não está ciente de que existe uma grande e verdadeira Luz que
resplandece intensamente e que você não pode vê-la? Você não tem ouvido,
em sua consciência e mente, uma Voz amável sussurrando a respeito do
valor e importância eterna de sua alma, mas, apesar disso, tem dito:
“Não ouço nada?”
Muitos homens imprudentes e inclinados ao secularismo respondem: “Bem,
estou disposto a agarrar minhas chances”. Que conversa tola de uma
criatura frágil e mortal! Isto é tolice porque os homens não podem se
dar ao luxo de agarrar as suas chances — quer sejam salvos e perdoados,
quer sejam perdidos. Com certeza, esta é a grande maldição que jaz sobre
a humanidade de nossos dias — os homens estão envolvidos de tal modo em
seu mundo sem Deus, que recusam a Luz que agora brilha, a Voz que fala e
a Presença que permeia e muda os corações.
Por isso, os homens buscam dinheiro, fama, lucro, fortuna,
entretenimento permanente ou apego aos prazeres. Buscam qualquer coisa
que lhes removam a seriedade do viver e que os impeça de sentir que há
uma Presença, que é o caminho, a verdade e a vida.
Eu mesmo fui ignorante até aos 17 anos, quando ouvi, pela primeira vez, a
pregação na rua e entrei numa igreja onde ouvi um homem citando uma
passagem das Escrituras: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e
sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e
aprendei de mim... e achareis descanso para a vossa alma” (Mt 11.
28,29).
Eu era realmente pouco melhor do que um pagão, mas, de repente, fiquei
muito perturbado, pois comecei a sentir e reconhecer a graciosa presença
de Deus. Ouvi a voz dEle em meu coração falando indistintamente.
Discerni que havia uma Luz resplandecendo em minhas trevas.
Novamente, andando pela rua, parei para ouvir um homem que pregava, em
um cantinho, e dizia aos ouvintes: “Se vocês não sabem orar, vão para
casa, ajoelhem-se e digam: Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador”.
Isso foi exatamente o que eu fiz. E Deus prometeu perdoar e satisfazer
qualquer pessoa que estiver com bastante fome espiritual e muito
interessado, a ponto de clamar: “Senhor, salva-me!”
Bem, Ele está aqui agora. A Palavra, o Senhor Jesus Cristo, se tornou
carne e habitou entre nós; e ainda está entre nós, disposto e capaz de
salvar. A única coisa que alguém precisa fazer é clamar com um coração
humilde e necessitado: “ó Cordeiro de Deus, eu venho a Ti; eu venho a
Ti!”
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