ATÉ QUE A MORTE NOS SEPARE ... OU SERÁ O DIVORCIO.
E essa foi a nossa primeira lição.
Começamos a perceber que também tínhamos situações a resolver entre nós e aprendemos a “ trabalhar” nosso relacionamento.
Frase fora de moda ? para muitos ! O “ casa e separa” de hoje em dia vai deteriorando o casamento e faz com que o compromisso de viver junto de forma vitalícia seja coisa de um passado distante!
Gostaria de dar um depoimento de algo que ocorreu em nossa vida conjugal depois de mais de 30 anos de casados. Confesso,pessoalmente, que alimentava certa desconfiança quanto aos encontros de casais. Achava que aquilo não era para minha esposa e para mim. Devia servir para casais com problemas, mas não para nós!
E assim pensava,até que certo dia, fomos a um encontro para casais realizado em uma igreja da qual éramos membros. Estávamos lá, mas eu não estava animado. Sentia-me deslocado em meio a tantos casais que julgava, estavam cheios de problemas. Sentia-me perdido em meio a uma multidão.
Porém, com o passar do tempo, fomos concluindo que a vaga devia ser nossa mesmo. Já em meio ao encontro, passamos a nos sentir como um casal como os outros. Começamos a perceber que também tínhamos situações a resolver entre nós. Vimos que não tínhamos ido ali por acaso, para agradar a alguém, mas que também precisávamos ouvir o que estávamos ouvindo e precisávamos daquele tempo para poder por “ a casa em ordem”.
E essa foi nossa primeira lição. |Aprendemos a “trabalhar” certas situações. Embora tendo uma vida familiar estruturada, com filhos, noras e netos, pudemos acrescentar muita coisa à nossa vida conjugal. E foi incrível como todo antagonismo foi substituído por uma vontade muito grande de aproveitar cada minuto ali, com aqueles casais amigos e irmãos. Foi maravilhoso!
Decorrente daquele Encontro, surgiu uma segunda benção: começamos a participar de um grupo de casais. Esse grupo tornou-se nossa segunda família. No Encontro fomos abençoados, e no grupo podemos ter uma rua de duas mãos, continuar a sermos abençoados pelo convívio com outros casais, mas também compartilharmos e abençoarmos com nossa experiência. Em um clima de cordialidade e respeito, muitas vezes feridas têm sido saradas e convivências mais abençoadas.
Neste testemunho, minha esposa e eu gostaríamos de incentivar que os casais não se isolem, que procurem relacionar-se ficando abertos para grupos, encontros, seminários sobre família, os quais, certamente, são formas que podem ajudar o convívio, dando mais sabor ao tão temido “ até que a morte nos separe!.
ACONSELHAMENTO :
¨¨¨¨ ENFRENTANDO CRISES NO CASAMENTO SEM PENSAR EM DESISTIR
Não há casamento sem problemas. Todo casamento exige renúncia e adaptação.
Nenhum casamento sobrevive sem perdão e restauração .
Hoje falamos repetidamente que família é o nosso problema número um. A família tem sido atacada vigorosamente pelas perigosas filosofias pós-modernas. Os fundamentos têm sido destruídos( salmos 11: 3 ). Estamos vivendo no meio da era pós - moderna, onde os valores absolutos das escrituras não estão sendo observados, mas repudiados. O que temos hoje não é apenas um comportamento imoral, mas a perda de critérios morais. Estamos enfrentando não apenas um colapso moral, mas um colapso de significado. Não há absolutos.Gene Edward Veith ainda afirma que, se não há absolutos, se a verdade é relativa, então não pode existir estabilidade, conseqüentemente, a vida perde sentido.
O inevitável resultado do relativismo deste tempo é a falência dos valores morais,a fraqueza da família e o aumento espantoso da infidelidade conjugal. Valores relativos, acompanham o relativismo da verdade. Em 1969, bem no meio da “revolução sexual”, 68% dos americanos acreditavam que relação sexual antes do casamento era errado. Em 1987, mesmo a despeito do surto da AIDS, somente 46%acreditavam que o sexo antes do casamento era errado. Em 1992, somente33% rejeitavam o sexo pré-marital. Infidelidade conjugal tem sido uma marca da sociedade contemporânea. Segundo algumas estimativas, 50 a 65%dos maridos e 45 a 55% das mulheres têm sido infiéis até os 40 anos.Outros identificam que 26 a 70% das mulheres casadas têm se envolvido em casos extraconjugais, que têm sido não apenas comuns, mas altamente destrutivos.
Divórcio tem sido estimulado como solução. Comentaristas sociais são notórios em afirmar que metade dos casamentos nos Estados Unidos terminam em divórcio. Contudo, divórcio não é uma sábia solução para casamentos em crise, mas um sério agravante, um outro problema que na maioria das vezes, traz profundo sofrimento e frustração.
A psicóloga Diane Medved, diz que os casais estão chegando à conclusão que o divórcio é mais danoso do que enfrentar as crises juntos. As conseqüências e as seqüelas do divórcio são devastadora à curto, a médio e a longo prazo. Há muitos casais e filhos arrebentados. emocionalmente pelo divórcio. A presença de casamentos em crise, casamentos quebrados e até mesmo do divórcio está aumentando não apenas entre os não cristãos, mas também dentro das comunidades evangélicas. As pessoas divorciadas estão flutuando dentro das comunidades evangélicas. Há também, muitos lideres religiosos enfrentando o divórcio. Isso é uma realidade que não pode ser negada. Contudo, à luz das escrituras, o divórcio não é a solução divina para a crise do casamento. Não é sensato fugir do problema em vez de enfrenta-lo. De fato não existe casamento perfeito. Não há casamento sem problemas. Todo casamento exige renuncia e adaptação. Nenhum casamento sobrevive sem perdão e restauração. Muitas pessoas hoje estão discutindo e procurando divorciar antes de entender o que as escrituras ensinam sobre casamento.
Casamento não é uma união experimental. A aliança conjugal não termina quando as crises chegam.Só há duas cláusulas de exceção para o divórcio nas Escrituras: a infidelidade conjugal ( Mateus 19. 9 ) e o abandono ( 1 Corintios 7:15 ). Divórcio por quaisquer outros motivos e novo casamento constitui-se adultério ( Mateus 5: 32 ).Como, então, enfrentar crises no casamento sem pensarem desistir?
primeira parte
segunda parte
RECONHECENDO QUE O CASAMENTO NÃO É UMA INVENÇÃO HUMANA,
MAS UMA INSTITUIÇÃO DIVINA.
O casamento não é um expediente humano. O próprio Deus estabeleceu, instituiu e ordenou desde o inicio da historia humana.Gênesis 2. 18-24 revela que o casamento nasceu no coração de Deus quando não havia ainda legisladores,nem leis, nem Estado, nem igreja. Casamento é um dom de Deus para o homem e a mulher. Deus não apenas criou o casamento, mas também o abençoou Gn 1.28. Qualquer esforço de atentar contra os princípios estabelecidos para o casamento conspira contra Deus que o instituiu. Por isso, Ele odeia o divórcio ( Mal.2 . 14 )
RECONHECENDO A NATUREZA DO CASAMENTO.
Quando Jesus foi questionado pelos fariseus sobre o divorcio ( Mateus 19:3-4 ), Ele não discutiu antes de falar sobre a natureza do casamento, de acordo com os princípios estabelecidos na própria criação ( Mateus 19: 4-8) .
De acordo com o padrão absoluto de Deus, estabelecido na criação, o casamento em Primeiro lugar é HETEROSSEXUA ( gênesis 1:27 ). União homossexual é abominação para Deus ( levitico 18:22 ; Romano 1: 24-28 ).
Em segundo lugar, o casamento é MONOGAMICO ( gênesis 2:24 ).
Em terceiro lugar, o casamento é MONOSSOMATICO ( gênesis 2:24) . João Calvino disse que a união do casamento é mais sagrada e profunda do que a união que liga os filhos aos pais. Nada senão a morte pode separa-los.
Em quarto lugar, o casamento é INDISSOLUVEL ( 1 corintios 7:3 ). Jesus afirmou que marido e mulher não são mais dois, mas uma só carne e o que Deus uniu o homem não pode separar ( Mateus 19:6 ). Divórcio, portanto, é uma rebelião contra Deus e os seus princípios.
Em quinto lugar, o casamento não é COMPULSÓRIO. O celibato é um dom de Deus, não uma imposição ( 1 corintios 7: 32-35 ). Embora a razão do casamento seja para resolver o problema da solidão, Deus chamou alguns para serem uma exceção à sua própria norma ( gênesis 2: l8,24; Mateus 19: 11-12; 1 co. 7:7 ).
RECONHECENDO QUE EM DEUS PODEMOS SUPERAR AS
CRISES DO CASAMENTO SEM AZEDAR O CORAÇÃO
Jesus disse para os fariseus que o divórcio nunca foi uma ordenança divina, mas uma permissão, e isso, por causa da dureza dos corações (Mateus 19:7-8 ). O divórcio ocorre porque os corações estão endurecidos. Dureza de coração é a indisposição de obedecer a palavra de Deus.É a indisposição de perdoar, restaurar e recomeçar o relacionamento conjugal de acordo com os princípios de Deus. De acordo com Jesus, o divórcio jamais é compulsório, onde existe espaço para o perdão. Divórcio é conseqüência do pecado, não uma expressão da vontade de Deus. Perdão e restauração são melhores que o divórcio. Divórcio não é compulsório nem em caso de adultério. Restauração é sempre melhor.
Concluindo, ressaltamos que a igreja precisa dar ênfase à família fortes. Casamentos estáveis resultam em famílias, igrejas e sociedade saudáveis. A solução para o casamento e para a família não esta nos modelos falidos da sociedade pós-moderna, mas na eterna e infalível Palavra de Deus. O mesmo Deus que instituiu o casamento tem a solução para casamentos em crise.Somente Deus pode curar relações quebradas, trazendo esperança onde os sonhos já morreram;trazendo vida, onde as sombras da morte já escurecem os horizontes; trazendo cura e restauração, onde as feridas estão cada vez mais doloridas. O grande desafio para a igreja e a sociedade contemporânea é retornar para Deus e obedecer os seus mandamentos. O mesmo Deus que criou o casamento tem solução para ele. Deus é o criador, sustentador e restaurador do casamento. Quando ele reina no casamento, o divorcio não tem espaço.
Reverendo: Manoel Luiz da Silva Pereira.
extraido da revista Lar cristão.
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